Moisés Cohen é homenageado no 26º COTESP

Durante a cerimônia de abertura do 26º COTESP, realizado na cidade de Ribeirão Preto, o presidente do congresso, Roberto Dantas Queiroz, fez uma homenagem ao Prof. Dr. Moisés Cohen – o professor homenageado do evento.

Em sua apresentação, Dantas contou toda a trajetória de Moisés Cohen – desde a infância até os dias atuais. Foram mostradas as suas conquistas, sempre muito batalhadas e os feitos realizados em prol da Ortopedia brasileira. Sua dedicação pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia também ficou evidente quando Dantas mostrou que, desde 2004, Moisés Cohen atua em importantes cargos dentro da instituição. “Ele ajuda a SBOT crescer no Brasil desde essa época. Por isso é uma honra e mais do que merecido a SBOT-SP homenagea-lo”, disse ele.

Surpreso e emocionado pelo reconhecimento, ele agradeceu e ressaltou que a melhor homenagem é aquela feita pelos seus pares. “Ser homenageado dentro da sua casa, dentro do seu país, do seu centro, pelos seus pares, não existe nada mais significativo do que isso. Realmente é algo que conta um pouco mais, é um ponto sempre muito mais importante pelo fato de você ter o reconhecimento dos seus pares, daqueles que militam com você no dia a dia, na sua cidade, no seu Estado, no seu país. Eu quero com isso dividir essa honra com todos aqueles que me permitiram chegar até aqui”, disse ele.

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Confira o discurso completo:

“Foi uma surpresa realmente, é claro que eu me sinto extremamente honrado com essa homenagem. Agradeço a toda a diretoria da SBOT-SP, mas a pergunta que a gente se faz é: porque eu estou recebendo essa homenagem?

E começamos a nos dar conta de que o tempo passou. Só de Ortopedia já são mais de 35 anos passando por alguns serviços, começando em Sorocaba, depois indo para Santa Casa de São Paulo, onde sempre sonhei fazer a minha residência e consegui, e hoje, desde 1985, na Escola Paulista de Medicina onde eu comecei como membro de um grupo e cheguei a situação de Chefe de Serviço.

Do ponto de vista acadêmico, honestamente, nada mais me falta. E a gente só se dá conta quando aparecem essas homenagens. Será que eu estou passando da hora? Mas eu não me sinto velho, não me sinto passado. Pelo contrário, para quem me conhece eu estou sempre em busca de coisas novas e o maior prazer que tenho é o de conviver com os residentes, com jovens médicos que hoje estão aqui presentes e que são pessoas importantes dentro das especialidades. Acho que esse é o maior pagamento que a gente pode ter para quem abraçou a vida acadêmica. É poder ver as pessoas que um dia você viu começar e hoje são legítimos representantes das áreas que escolheram e reconhecidos nacional e internacionalmente pelo que fazem.

Ser homenageado dentro da sua casa, dentro do seu país, do seu centro, pelos seus pares, não existe nada mais significativo do que isso. Realmente é algo que conta um pouco mais, é um ponto sempre muito mais importante pelo fato de você ter o reconhecimento dos seus pares, daqueles que militam com você no dia a dia, na sua cidade, no seu Estado, no seu país. Eu quero com isso dividir essa honra com todos aqueles que me permitiram chegar até aqui.
As pessoas que a gente conviveu lá atrás e que estão conosco até hoje. Isso faz ver que, de alguma forma, valeu a pena. Então eu acho que tudo vale a pena quando você faz com amor, com dedicação. E é isso que procurei fazer durante todos esses anos e vou procurar fazer, se Deus quiser, por muitos anos ainda. A cada sociedade que a gente passa na presidência, eu costumo brincar: agora você não é mais nada, apenas um quadro na parede. Mas eu acho que temos ainda muito a oferecer. Me sinto bastante fortalecido principalmente com o que eu construí. Vejo que rendeu frutos.

Ao se tratar de família, o quão acredito que seja importante a vida familiar. Tive a sorte de ter a família que tenho, apesar de minha ausência. Talvez minhas filhas tivessem tudo para não escolher a profissão de ortopedista, mas elas escolheram a Ortopedia e eu posso com isso conviver com elas. Não tenho o convívio diário, mas é quase isso e me dá um prazer muito grande.

E a esposa maravilhosa que eu tenho. É um alicerce e eu falo isso com muita tranquilidade. Por isso ressalto, não para os mais velhos, que como eu já tem uma história, mas para os jovens, que tudo é importante, mas nada é mais importante do que a família. De alguma maneira temos que estar enraizado e ter uma base sólida. Eu tenho essa base sólida que me permitiu chegar onde eu cheguei.

Agradeço de coração, a diretoria da SBOT-SP, a consideração e, se Deus quiser, que eu possa continuar colaborando e fazendo algo novo para a Ortopedia nacional.”